quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PEQUENOS NADAS QUE NOS MOTIVAM (Desabafos3) Festas do Barreiro 2011

Contra ventos e marés, lá actuamos (dia 16/8/11) no Palco das Marés na edição 2011 das Festas Populares do Barreiro. Tarde bem quente, noite bem fria, falo de temperaturas do ar, claro. È este o Verão que estamos a terL . À “pala” deste Verão atípico, já é a terceira vez que ando a curar uma constipação daquelas que a gente “fada assim com dariz todo tatado”. Confesso que cheguei a recear que o facto de actuarmos a uma Terça - Feira nos prejudicasse em termos de afluência de público, ainda por cima estávamos a jogar “contra o Benfica” e já se sabe que esta “malta” pelo futebol ainda por cima a um dia de semana, é chinelinhas nos pés, cervejola na mão e deixem-me estar, mas como eu costumo dizer, cada um desce as escadas como quer. Embora o primeiro contacto que foi feito comigo no sentido de actuarmos no palco principal das festas, tivesse sido no sentido de actuarmos a um Sábado, tal não foi possível por termos a data ocupada também numa festa popular, no Algarve (Ferragudo). Depois das respectivas afinações de som, lá ficamos expectantes até à hora da nossa actuação, para saber se iríamos mais uma vez ter um bom feedback, com os nossos ANOS DOURADOS. À frente do palco, tínhamos o que eu considero um mimo numa festa popular.
Plateia!
Achei o máximo, afinal convém sempre ter em linha de conta que há muita gente que lhes faz diferença aguentar quase 2 horas de pé, mas ainda eram muitas cadeiras, e de vez em quando eu ia espreitar e pensava, e se isto não enche, lá vêm os “Profetas da desgraça”, outra vez dar-me na cabeça e logo ali exactamente no mesmo sítio, onde eu um dia há muitos anos atrás tinha tocado no Circo (ler desabafos 2). A noite estava fresquinha da Silva, mas nós somos briosos e às 22 horas nem mais um segundo, lá subimos ao palco, prontos para fazermos o que sabemos.
Durante 100 minutos, sem brancas, sem fífias, sem espinhas, mostrámos mais uma vez, que somos um grupo competente e que sabemos criar diversão sem estarmos a encher chouriços com conversas para “queimar” tempo.
O público?
ApareceuJ e não regateou aplausos, nem se inibiu de trautear algumas das músicas mais conhecidas. Apesar da noite fresca, aguentaram até ao fim do show, sempre a vibrar connosco. Ontem levámos um músico convidado para tocar bateria, é meu homónimo de nome, chama-se Carlos CamarãoJ e é o meu filho mais velho que muito surpreendeu pela positiva. Muito seguro a mostrar um talento inegável para a música, vamos convidá-lo mais vezes.
Quanto às “minhas” meninas? Bem! Valem o que pesam e fazem de mim um homem realizado. È um privilégio poder contar com “elas”, para as minhas aventuras musicais. Seja na música para dançar, ou em shows temáticos, estão sempre á altura dos acontecimentos. Já o disse mais que uma vez, que tenho pena de não ter agora menos 20 anos para poder acompanhar a “pedalada” delas e poder desfrutar em pleno o talento destas jovens sempre em constante crescimento. Mas a vida é assim mesmo. Enquanto eu tiver saúde, mesmo sem correr para “lado nenhum”, confesso que sinto que ainda não disse a última palavra.
ANOS DOURADOS, é um Tributo aos Anos 60, que muito tempo depois da sua estreia, ainda continuamos a procurar encontrar o alinhamento possível. Na versão original, tinha cerca de 80 músicas e um timing para cima de 3 horasJ. Hoje tem 31 e sem haver interrupções, conseguimos um tempo recorde de 90 a 100 minutos. Achamos que é o suficiente. Ontem o público mais uma vez deu-nos razão. Na prática, quer dizer que hoje se fosse preciso, poderíamos apresentar, uma nova versão sem repetir nenhuma música.
Pequenos nadas que nos marcam.
Para mim que já levo muitos anos destas andanças, sei muito bem distinguir a opinião familiar de quem acha que somos os “maiores”, para o elogio desapaixonado de quem simplesmente nos diz que fizemos um bom trabalho. Respeito todos os elogios e até as críticas, desde que sejam sinceras, mas é nos pequenos nadas que acontecem espontaneamente que eu encontro a motivação para continuar em frente. Ontem depois da nossa actuação, tive o prazer de ter recebido no palco a presença de alguns elementos da Vereação da Câmara Municipal do Barreiro, que fizeram questão de pessoalmente elogiarem e agradeceram a nossa prestação.
Registei com muito agrado, principalmente, porque nada os obrigava a isso.
Para mim, esta atitude, chama-se respeito, civismo e classe. Em nome dos COMPANHIA LIMITADA torno público o retorno do agradecimento e até uma próxima oportunidade. Ao público que lá esteve e nos ofereceu vivas e calorosos aplausos, aquele abraço amigo de quem se sente agradecido pelo vosso carinho. Em nome dos COMPANHIA LIMITADA muito e muito obrigado.
Tá dito, Tá feito.
(Carlos Camarão mentor do projecto musical Companhia Limitada

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